Existem algumas dicas para proteger você e sua família da agressão cutânea e ocular pelos raios ultravioleta
Enquanto alguma exposição à luz solar é necessária, o excesso pode ser prejudicial causando queimaduras na pele, envelhecimento cutâneo, câncer de pele, catarata, alergia e agressão ao seu sistema imunológico.
Um indivíduo toma aproximadamente 80% do sol da sua vida até os 18 anos de idade. O índice UV promove uma importante informação para ajudá-lo a planejar as suas atividades externas e evitar superexposição aos raios prejudiciais do sol. Desenvolvido pelo sistema nacional do tempo (National Weather Service-NWS e Environmental Protection Agency-EPA), o índice de UV é fornecido diariamente como serviço nacional.
O que é o índice UV?
O índice UV é uma previsão da quantidade de raios UV estimada que alcança a Terra quando o sol está mais alto no céu. A altitude do índice e a quantidade de radiação ultravioleta causam danos a pele e aos olhos. O índice prediz os níveis de ultravioleta em uma escala de 0 a 10, publicado geralmente em jornais, televisão ou internet.
Sempre tome precauções com a superexposição e cuidado em especial quando o índice ultravioleta estiver em níveis superiores a moderados (5 a 10).
Dois tipos de ultravioleta a considerar
A luz ultravioleta consiste em UVA e UVB. Raios UVA são considerados raios de bronzeamento, podendo penetrar profundamente na pele resultando em dano cutâneo como envelhecimento da pele e está relacionado com o melanoma. Por outro lado, os raios UVB são considerados raios responsáveis por causar queimaduras, mas também causa carcinomas cutâneos. Embora o UVB seja considerado responsável por causar queimaduras, ambos, UVA e UVB causam bronzeamento, queimadura da pele e dano cutâneo. Não há ultravioleta seguro e não há como considerá-lo seguro para se bronzear. Novos protetores solares de amplo espectro contêm produtos para bloquear tanto os raios UVA quanto os UVB.
Quanto sol estou tomando?
A exposição ao sol depende de muitos fatores, isso varia com a hora, estação do ano, localização e altitude. Grande quantidade de radiação solar pode penetrar e atravessar as nuvens. Nuvens, água, areia branca, concreto e neve, todos refletem os raios ultravioleta e aumentam a sua incidência. Expor-se ao sol entre 10 da manhã e 16 horas é muito agressivo para pele.
Qual o papel da destruição da camada de ozônio?
A camada de ozônio na Terra é muito útil para filtrar os raios ultravioleta prejudiciais do sol. Embora haja mudança na camada de ozônio de dia para dia e de lugar para lugar, a maioria dos cientistas tem medido por longo tempo a diminuição da camada de ozônio nos últimos dez anos. A diminuição da camada de ozônio leva a um aumento da quantidade de radiação ultravioleta agressiva que pode alcançar a superfície da terra. Os futuros níveis de ozônio dependerão principalmente da combinação da natureza e fatores causados pelo homem incluindo a diminuição de clorofluorcarbono (CFC) em sprays e outros químicos que depredam a camada de ozônio.
Efeitos do sol
Queimaduras: exposição prolongada ao sol pode produzir vermelhidão em poucas horas envolvendo uma série de reações que incluem calor, dor, rubor e formação de bolhas. Isso pode também incluir febre, calafrio e náuseas levando a um quadro conhecido como “insolação”. Não há cura imediata para queimadura solar. Compressas úmidas, banhos gelados e loções refrescantes podem ajudar. Se ocorrer uma queimadura importante, procure um dermatologista. Uma simples queimadura solar poderá aumentar a suscetibilidade do risco de dano cutâneo, ou do desenvolvimento de câncer da pele em algum momento da vida.
Bronzeamento: Dermatologistas sabem que o bronzeamento é um sinal de dano cutâneo mas algumas pessoas associam o bronzeamento à aparência saudável. A pele cria uma memória de cada dano e de cada queimadura que com o passar do tempo pode se agravar.
Rugas prematuras: pessoas que trabalham ou se expõem ao sol desenvolvem uma pele encouraçada, levando a uma aparência mais velha. O excesso de sol leva a alteração na textura da pele (degeneração das fibras de colágeno e elastina) e diminui a defesa e reestruturação da pele, ocasionando uma pele mais grossa e com rugas profundas. A pele que nunca foi exposta ao sol pode se apresentar saudável, um bom exemplo é a pele dos glúteos. O sol pode também causar sinais vermelhos, amarelos, cinzas ou manchas castanhas. Lesões descamativas podem crescer (ceratose actínica) e essas lesões, quando ocorrem, podem evoluir para um câncer de pele. Essas mudanças são devidas à exposição ao sol durante a vida, incluindo o sol que se expôs desde a infância. O dermatologista pode tratar rugas precoces e lesões pré-cancerígenas.
Câncer de pele: a incidência de câncer de pele tem aumentado mais que outros cânceres. Existe cerca de um milhão de novos casos por ano. O câncer cutâneo é causado tanto pelo excesso de sol quanto pela exposição prolongada e queimaduras graves. Mais de 90% de todos os tumores de pele ocorrem nas partes fotoexpostas. Face, pescoço, orelhas, antebraços, peito, dorso, pernas e mãos são os lugares mais comuns para o câncer de pele se desenvolver. Os três principais tipos de câncer de pele são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma.
Ocarcinoma basocelular, geralmente aparece como um nódulo pequeno e brilhante no corpo. O carcinoma basocelular raramente se espalha para outras partes do corpo. Entretanto o carcinoma basocelular pode danificar severamente a pele ao seu redor e abaixo dele. Quando diagnosticado e tratado precocemente tem uma alta taxa de cura.
Carcinoma espinocelular, se desenvolve tipicamente na face, orelhas, lábios e boca. Inicia-se com uma placa vermelha descamativa. E se não tratado, este carcinoma pode se espalhar para outras áreas do corpo e pode ser fatal.
Omelanomaé a forma de câncer de pele mais perigosa e geralmente aparece como uma placa castanha escura a enegrecida, com bordas irregulares. Algumas vezes pode possuir várias cores com tons de vermelho, azul ou branco. Melanoma pode se espalhar ou metastatisar para outras áreas do corpo e pode ser fatal.
Dano ocular: o sol pode causar cataratas e outros danos nos olhos. A catarata pode ser uma das causas de cegueira. É recomendado usar óculos de sol com lentes que bloqueie os raios ultravioleta.
Alergia: algumas pessoas desenvolvem alergia ao sol, essas reações podem ocorrer após curtos períodos de exposição solar. Pápulas, urticárias, bolhas ou lesões avermelhadas podem aparecer em áreas expostas ao sol. Perfumes, cosméticos e drogas podem sensibilizar a pele em alguns indivíduos.
Embora a cor da sua pele possa proporcionar alguma proteção contra queimadura solar, o sistema imunológico da pessoa com pele negra ou clara são afetados pelo sol. Algumas doenças podem ser desencadeadas com a exposição solar como herpes simples, herpes zoster, varicela, lúpus e certas doenças genéticas.
Quais as precauções para prevenir o câncer de pele e danos oculares?
Preste atenção nas informações sobre oíndice de UV.
Minimize a exposição solar nas horas entre 10 e 16 horas.
Evite lâmpadas e câmaras bronzeadoras, autobronzeadores e exposição solar.
Aplique um protetor solar de amplo espectro com fator de proteção solar 15 ou maior, que bloqueiem os raios UVA e UVB. Reaplique a cada duas horas.
Use roupas protetoras, chapéu, blusas e óculos de sol com filtro UV.
Crianças que não usam óculos de sol devem usar chapéu com aba larga.
Proteja as crianças mantendo-as dentro de casa no período das 10 horas às 16 horas e aplique protetores solares para crianças maiores de seis meses.
Crianças menores de seis meses, não devem ser expostas ao sol.