Alopécia areata é caracterizada por perda de cabelo em pequenas placas redondas que podem ser de desenvolvimento rápido ou durar por anos. Cerca de 2% da população dos Estados Unidos da América (USA) desenvolvem alopécia areata em algum momento da vida.
Em alguns casos ocorre a perda de todo cabelo do couro cabeludo (alopécia total), em outros casos perde-se todo cabelo e pelos de todo corpo (alopécia universal). O sistema imunológico por razões desconhecidas, ataca o folículo piloso ocasionando a queda do cabelo.
Como se adquire a alopécia areata?
Pode ocorrer a qualquer pessoa, em ambos os sexos ou em qualquer grupo étnico. Crianças e adultos jovens são mais frequentemente afetados, mas pessoas de todas as idades estão suscetíveis. Uma em cada cinco pessoas com alopécia areata tem alguém na família afetado com a doença.
Sinais e sintomas da alopécia areata:
Geralmente, começa com uma ou mais lesões pequenas, redondas, do tamanho de uma moeda, sem pelo. Isso é muito comum no couro cabeludo, mas também pode ocorrer em qualquer área com pelo, incluindo pálpebras, sobrancelhas e barba. O cabelo pode cair ou regredir, com a possibilidade de repilação sempre presente. Alopécia areata normalmente não tem sintomas associados, mas pode haver um desconforto discreto ou prurido durante o desenvolvimento da placa. As unhas podem ser acometidas tornando-se finas e com pontos deprimidos e raramente distorcidas.
O que causa a alopécia areata?
A alopécia areata não é contagiosa, sendo uma doença auto-imune que neste caso ataca os folículos pilosos levando a queda do cabelo e pelo. A causa ainda não é conhecida. O perfil pessoal genético parece estar combinado com outros fatores que a desenvolvem.
Quais os testes para confirmar a alopécia areata?
Embora o dermatologista possa saber pelo exame da pele, se alguém possui alopécia areata, eventualmente uma biópsia da pele é útil para confirmar o diagnóstico.
Isso é um sintoma de uma doença séria?
A alopécia areata não é um sintoma grave e geralmente ocorre em pessoas saudáveis. Pessoas com alopécia areata podem ter alto risco de eczema atópico, asma e alergias nasais, assim como outras doenças auto-imunes como diabetes insulino dependente, artrite reumatóide, doença da tireóide, vitiligo ou lúpus eritematoso.
O cabelo pode crescer novamente?
Sim, isso geralmente ocorre, mas podem cair novamente. O curso da doença varia de pessoa para pessoa e não é possível predizer quando o cabelo irá voltar a crescer ou cair novamente. Esse caráter imprevisível da alopécia areata e a dificuldade de controle adquire algumas vezes um caráter frustrante na expectativa do tratamento. Algumas pessoas podem perder algumas placas de cabelo seguida de repilação completa, em outras pessoas pode ocorrer a perda novamente. O potencial de recrescimento completo sempre existe. Pessoas que perderam todo seu cabelo e pelos (alopecia total e universal) podem repilar com fios brancos e finos no início, mas as características originais retornam com o tempo.
Que tratamento está disponível?
Não há cura para alopécia areata, mas certos tratamentos podem promover crescimento do cabelo e as placas podem continuar a aparecer. O tratamento não significa cura, apenas o próprio corpo pode eventualmente parar o desenvolvimento da doença.
Corticosteróide –são anti-inflamatórios que suprimem o sistema imunológico, podem ser dados como aplicações locais, tomados em comprimidos ou friccionados nas áreas afetadas. Aplicações locais de corticóides a cada três a seis semanas são dadas diretamente nas placas do couro cabeludo, pálpebras e barbas. O retorno do cabelo começa geralmente quatro semanas após as aplicações. Esteróides tópicos na região afetada são menos efetivos que aplicações. Corticóides administrados via oral devem ser utilizados com cautela e sob supervisão medica. Não são utilizados rotineiramente, mas podem ser úteis em certas circunstâncias.
Solução tópica de minoxidil –pode promover o crescimento do cabelo, em solução aplicada duas vezes ao dia na região afetada, promove crescimento de cabelo tanto em adultos como em crianças e o novo cabelo cresce após em média 12 semanas.
Antralina –é um alcatrão sintético que altera a função imunológica da pele afetada. É aplicada por 20 a 60 minutos (terapia de contato curta) e então lavados para evitar irritação da pele.
A combinação destes tratamentos pode mostrar resultados mais efetivos. O recrescimento do cabelo pode ocorrer entre 8 a 12 semanas.