Carcinoma basocelular é a forma de câncer mais comum do ser Humano. Na maioria dos casos acredita-se estar relacionado à exposição aos raios ultravioleta. O carcinoma basocelular tem se tornado mais comum talvez devido à exposição em atividades externas e a diminuição da camada de ozônio, que impede a penetração dos raios ultravioleta na terra.
O carcinoma basocelular raramente emite metástases (disseminação do tumor pelo corpo), entretanto, infiltra destruindo os tecidos adjacentes. Por esta razão o carcinoma basocelular deve ser tratado rapidamente por um dermatologista ou cirurgião plástico.
Com o que o carcinoma basocelular se parece?
O carcinoma basocelular geralmente aparece em áreas fotoexpostas como face, couro cabeludo, orelha, mãos, dorso e pernas. Esses tumores podem ocorrer de formas diferentes. A aparência mais comum do carcinoma basocelular é uma pápula pequena, perlácea e avermelhada que cresce. Pequenos vasos sanguíneos podem estar na sua superfície. Um carcinoma basocelular pode também aparecer como uma espinha que tenta cicatrizar mais recorre repetidamente. Carcinomas basocelulares superficiais são uma forma muito precoce que podem aparecer como placas brilhantes róseas na pele. Uma forma menos comum, o esclerodermiforme, parece como uma cicatriz brilhante.
Quais as consequências do carcinoma basocelular?
Geralmente o carcinoma basocelular não se metastatisa, isto é, não se espalha no organismo, entretanto não regride espontaneamente. É um câncer indolente que cresce localmente, sangra e destrói os tecidos adjacentes se não tratados. Se o câncer de pele cresce em regiões próximas a olhos, orelhas e nariz ou próximo de nervos, sérios problemas podem ocorrer, e neste caso deve ser tratado rapidamente.
Biópsia
Qualquer lesão ou “espinha” que não cicatriza deve ser examinada por um dermatologista que irá decidir a melhor a forma de realizar a biópsia. Biópsia é um procedimento simples que pode ser feito no consultório com anestesia local, para obter uma pequena quantidade de tecido para exame microscópico. Em alguns casos, o médico pode escolher entre realizar a biópsia e tratar o câncer de pele ao mesmo tempo.
Tratamento
O médico vai explicar as várias formas cirúrgicas e não-cirúrgicas de tratamento:
Excisão cirúrgica simples:remoção do câncer através da retirada cirúrgica, aplicando técnicas cirúrgicas oncológicas e cosméticas. A espécie é examinada após o procedimento no microscópio por um médico patologista, para avaliar se todo o câncer foi tirado.
Curetagem e eletrodissecação:remoção por curetagem da lesão até a sua base e cauterização com uma agulha elétrica.
Criocirurgia:remoção do tumor por congelamento através do uso do nitrogênio líquido.
Radioterapia e laser cirurgia:remoção por destruição do tecido neoplásico.
Terapia tópica:medicações tais como imiquimode e 5-fluoracil aplicadas na lesão usada especialmente para tratar carcinomas basocelulares.
Terapia fotodinâmica:no caso de carcinomas basocelulares dos subtipos sólidos pequenos ou superficiais, pode-se lançar mão desse tratamento que consiste na aplicação de uma pomada sobre o tumor e depois de algumas horas, a área é iluminada por uma luz vermelha especial que irá levar a ativação da pomada com destruição tumoral. O método é eficaz e apresenta excelente resultado cosmético, sendo hoje uma revolução no tratamento deste tipo de câncer de pele .
Cirurgia micrográfica de Mohs:realizada por cirurgião dermatológico especialmente treinado, esse método é muito útil para certas situações. O câncer cutâneo é removido sob anestesia local no consultório e os fragmentos são colocados no microscópico para exame durante o procedimento. Camadas de pele adicionais são retiradas até que o câncer esteja completamente retirado. A vantagem dessa técnica é que uma pequena quantidade de pele é retirada e cuidadosamente estudada. Esse método tem uma alta taxa de cura, mas não é indicada para todos os tipos de câncer. Tumores recorrentes devido a tumores incompletamente removidos, tumores grandes e tumores em áreas cosmeticamente importantes como área dos olhos, nariz e orelhas podem ser beneficiados pela técnica de Mohs. Após o câncer ter sido removido usando esse método, a pele pode cicatrizar naturalmente ou ser reconstruída por cirurgia reconstrutora através de um retalho cutâneo ou enxerto.
Haverá cicatriz?
Devido à maioria dos tumores ocorrerem na face, muitos dos pacientes ficam muito preocupados com o resultado cosmético. Se o câncer é pequeno, métodos conservadores costumam obter bons resultados cosméticos. Se o câncer cutâneo requer uma cirurgia micrográfica de Mohs, enxertos ou retalhos cutâneos, opções de reconstrução serão discutidas entre o medico e o paciente. Na maioria dos casos o resultado é excelente. Se necessário outras abordagens na cicatriz podem ser feitas posteriormente, para melhorar o aspecto cosmético.
Seguimento
Estudos mostram que a pessoa que desenvolve um carcinoma basocelular tem 40% mais risco para desenvolver outro carcinoma basocelular em cinco anos. Isso é importante para monitorar e realizar consultas frequentes ao médico. Fique alerta para qualquer alteração na pele. Use protetor solar.
Riscos
Indivíduos que tem múltiplos carcinomas basocelulares ou outros cânceres cutâneos tais como carcinoma espinocelular, possuem risco maior para possuir melanomas. É também importante saber que o carcinoma basocelular não se transforma em melanoma. Pessoas devem fazer regularmente exames cutâneo completo pelo menos uma vez por ano, para avaliar pintas anormais e lesões suspeitas.
Prevenção
Devido ao carcinoma basocelular ser frequentemente causado pela radiação solar, proteção solar adequada deve ser feita. Proteção solar em crianças é muito importante.
Mantenha-se na sombra nos horários entre 10 e 16 horas
Use roupas coloridas para diminuir a absorção do sol, use calças e camisetas.
Abuse do protetor solar de amplo espectro que protege tanto dos raios UVA quanto UVB, com FPS maior ou igual a 15. Reaplique a cada duas horas.